Após 111 anos do seu falecimento, obra literária destaca percurso único
deste ilustre vidaguense
“Partilhar, através das letras, a história fabulosa de um ser humano notável, um humanista com uma visão límpida do mundo e da sociedade”. Foi com este propósito que um grupo de amigos se reuniu para publicar um livro de tributo àquele que consideram o maior benemérito de Vidago, de forma a perpetuar no tempo e na memória coletiva as suas ações e percurso de vida.
A sessão de apresentação da obra literária, que reúne investigação vertida em textos de seis co-autores - Paulo Jorge Ligeiro Santos (prefaciador), Júlio Rodrigues Silva, Teresa Magalhães Cruz, Adelina Cristina Fernandes, António Pires de Almeida e João Rodrigues Silva - teve lugar no passado domingo no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Vidago, perante uma sala cheia, onde estiveram também alguns familiares do homenageado.
O livro conta o percurso de vida de Bonifácio Alves Teixeira em Portugal e no Brasil e a opinião dos autores é unânime: este é um justo e merecido tributo ao maior benemérito de todos os tempos na vila de Vidago, um homem de caracter altruísta, bondoso e notável, que, muito à frente no tempo, há mais de cem anos apresentava já uma visão estratégica de desenvolvimento, centrada na edução, no ensino e na cultura.
No seu discurso, o Presidente da Câmara de Chaves deixou palavras de agradecimento e estímulo aos “seis ilustres vidaguenses que em boa hora decidiram perpetuar para gerações futuras a história de Vidago”. Referindo-se ao testamento de Bonifácio Alves Teixeira, para Nuno Vaz “representa a transmissão às gerações vindouras de uma matriz identitária, marcada pelos valores do humanismo, do universalismo e da justiça, mas também da renovada vontade de superação, que obriga quotidianamente a perpetuar a sua vontade na tentativa de contruir coletivamente um país solidário, coeso, onde ninguém fica para trás, independentemente da sua condição humana”.
Academia Vidaguense
À margem da apresentação pública do livro, um dos autores da obra, Paulo Santos, anunciou a criação de uma Academia em Vidago, para recolha, preservação, arquivo e divulgação do património da vila.