No passado fim de semana, mais de 80 mil visitantes tiveram a possibilidade de recuar no tempo, até ao império de Tito Flávio Vespasiano. Durante três dias, quem passou pela cidade flaviense pôde conhecer o quotidiano dos habitantes da então Aquae Flaviae.
Há mais de dois milénios, as legiões romanas invadiram o vale do Tâmega e fixaram-se onde hoje se encontra instanciada a cidade de Chaves. No longo período de permanência que se seguiu, contruíram vias, com relevo para a Ponte Romana de Trajano, aproveitaram os benefícios das águas termais, como o testemunha o Museu das Termas Medicinais Romanas, edificaram muralhas, barragens, aquedutos e minas, organizando sistematicamente a exploração do território, pelo que, hoje, a cidade de Chaves constitui uma referência incontornável da herança cultural ligada à romanização em Portugal.
A Festa dos Povos de Aquae Flaviae tem colocado em evidência a importância que Chaves assumiu nesse período, enaltecendo a riqueza patrimonial e cultural herdada, a sua farta gastronomia e vinhos de qualidade, atraindo, ano após ano, cada vez mais visitantes.
Na sessão de encerramento, o Vice-Presidente da autarquia, Francisco Melo, salientou que “Chaves tem hoje na região norte do Pais o maior legado que os Romanos deixaram na Península, de que se destacam as Termas Medicinais Romanas, verdadeiros hospitais à época. É importante realçar esta nossa herança romana, que se iniciou no ano 200 antes de Cristo, com a conquista pelos Romanos da Península Ibérica, mas que continua presente na nossa oferta termal moderna”.
Durante três dias, a animação esteve sempre garantida e os visitantes e mercadores galaico-romanos manifestaram-se satisfeitos.