No reconhecimento do legado artístico deixado pelo mestre flaviense, o Município de Chaves e a Fundação Nadir Afonso dinamizaram, no passado dia 16 de dezembro, um colóquio dedicado a Nadir Afonso, por ocasião do 10º aniversário do seu falecimento.
Realizado no Auditório do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso (MACNA), o encontro, subordinado ao tema "Nadir Afonso - uma década de ausência”, contou com a participação de reputados oradores, que abordaram a investigação, pós-morte, realizada sobre a sua obra, os estudos que relacionam a geometria e a matemática com a estética da arte do pintor, assim como a divulgação do seu trabalho, aportando algumas estratégias e perspetivas de afirmação.
Com momentos de reflexão e introspeção sobre as suas próprias investigações, António Quadros Ferreira, enquanto professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Aníbal Ferreira, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Presidente da Fundação Nadir Afonso, Laura Afonso, deram o seu contributo para perpetuar a herança artística do mestre, que apesar da sua ausência física continua bem presente.
No decorrer da sessão, o Vice-Presidente da autarquia, Francisco Melo, realçou a importância do MACNA, enquanto equipamento cultural de grande relevância no panorama do interior norte. Referiu, ainda, que o reconhecimento nacional e internacional de Nadir Afonso se assume como uma responsabilidade institucional partilhada.
Numa retrospetiva conjunta sobre a diáspora Nadiriana e o prestígio do MACNA, salientou-se a relevância da obra e pensamento artístico de Nadir, como testemunho inquestionável e imperdível, assim como a significativa função identitária de preservação da memória cultural, num trabalho integrado e de cooperação.
Localizado numa cidade termal e transfronteiriça, o MACNA apresenta uma grande potencialidade cultural e artística, alicerçada na magnitude do projeto arquitetónico de Siza Vieira.