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Especialistas do Património Abaluartadado da Raia discutem a sua valorização em Chaves

29 Abril 2015

Abordar os mais variados sistemas defensivos abaluartados da raia transfronteiriça, bem como outros temas relacionados com a construção e edificação destes monumentos, abarcando também o espectro geográfico das fortalezas e a história militar das mesmas e a sua importância para a definição das respetivas nacionalidades. Este foi um dos motivos da realização das IV Jornadas sobre Valorização do Património Abaluartado de Raia Fronteiriça, que tiveram lugar em Chaves no passado fim-de-semana, dias 25 e 26 de abril.

A iniciativa foi organizada pelo Município de Chaves e contou com a presença de 12 conferencistas, oriundos de vários pontos da Península Ibérica.

As Jornadas pretenderam aprofundar o conhecimento sobre os recintos abaluartados, promovendo a Praça - Forte Seiscentista e os outros elementos patrimoniais de Chaves, bem como aspirar a elevação destas Fortificações da Raia Transfronteiriça a Património da Humanidade, distribuídas por várias povoações, como defende o professor universitário Moises Cayetano Rosado, que esteve presente nas Jornadas.

As IV Jornadas sobre Valorização do Património Abaluartado de Raia Fronteiriça surgem no seguimento de outras já realizadas. As primeiras jornadas tiveram lugar em Badajoz, dias 19 e 20 de outubro de 2012, a segunda edição das jornadas em Castelo de Vide, dias 17 e 18 de maio de 2013, e as terceiras jornadas em Castro Marim, dias 26 e 27 de setembro de 2014. Pela primeira vez, a organização deste evento foi na zona norte do país, mais concretamente no Município de Chaves.

Ao longo das várias exposições, especial destaque para a apresentação de um trabalho elaborado pelo investigador Paulo Dordio, onde aborda a evolução urbanística da cidade de Chaves. A obra, sobre o título “Chaves e as suas Fortificações - Estudo histórico, arqueológico e evolução Urbana e Arquitetónica”, será lançada em breve pelo Município de Chaves, resultado de um trabalho integrado no POLIS.

A sessão de encerramento do primeiro dia das jornadas esteve a cargo do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, para quem a criação da rede de cidades abaluartadas faz todo o sentido.

António Cabeleira lembrou aos presentes a importância que a cidade de Chaves sempre teve, não só pelas suas fortificações mas também por ser possuidora de um vasto património cultural e arquitetónico que merecem ser preservados e valorizados, de forma a serem transmitidos às gerações vindouras. A título de exemplo, o autarca referiu ainda a importância da cidade a nível das águas, por tratar da saúde dos europeus há mais de 2 mil anos.

Além dos agradecimentos aos oradores e aos presentes, o autarca agradeceu também aos técnicos da autarquia pelo seu empenho na organização da iniciativa.

No dia 26 de abril, teve lugar uma visita às Muralhas do Centro Histórico de Chaves e Fortes de S. Neutel e de S. Francisco.

A realização das jornadas surgiu no âmbito da candidatura “Chaves Monumental – Valorização e Promoção dos Valores Culturais e Patrimoniais”, integrada no Objetivo Específico “Promoção de operações para a excelência urbana e de redes para a competitividade e inovação”, do Eixo Prioritário IV – Qualificação do Sistema Urbano, do Programa Operacional Regional do Norte (2007-2013).