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“Museu de Arte Contemporânea vai tornar Chaves num grande centro difusor das artes plásticas”

19 Maio 2015

O Auditório do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso (MACNA) em Chaves abriu portas, no dia de ontem (18 de maio), para receber a assinatura do protocolo de cooperação entre o Município e a Fundação Nadir Afonso, que pretendeu formalizar os termos e as condições de gestão, conservação e manutenção do conjunto de obras de arte e espólio documental do pintor flaviense.

A assinatura do acordo contou com a presença do Presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, do Presidente da Assembleia Municipal, Francisco Viegas, e da Presidente da Fundação Nadir Afonso, Laura Esteves. Estiveram também presentes os restantes membros do executivo municipal e algumas figuras da sociedade flaviense.

No seu discurso, Laura Esteves destacou a importância do Museu de Arte Contemporânea para a cidade de Chaves e para toda a região, pois serão certamente muitos os curiosos, vindos dos quatro cantos do Mundo, que quererão visitar as obras de Nadir Afonso. Ao todo, serão mais de cem obras, documentos, livros e rascunhos pessoais e manuscritos de Nadir. A Presidente da Fundação realçou também o impacto que este espaço terá na divulgação da obra e memória do pintor, podendo ainda vir a ser celebrados protocolos com várias universidades do país para o estudo do espólio do Mestre. “O Museu de Arte Contemporânea vai tornar Chaves num grande centro difusor das artes plásticas”, assegura Laura Esteves.

“O edifício do Museu e a obra de Nadir representarão para Chaves uma marca indelével”, afirmou António Cabeleira. Apesar de ser um edifício recente, o autarca refere que o Museu Nadir Afonso é já um dos ícones da cidade flaviense, colocando-o no mesmo patamar da Ponte Romana. Para o autarca, este projeto arquitetónico, da autoria do conceituado arquiteto Álvaro Siza Vieira, coloca o Alto Tâmega na rota da contemporaneidade.

António Cabeleira referiu que não existe ainda uma data para a abertura do espaço museológico. Depois do protocolo, seguir-se-ão os trabalhos de curadoria, a cargo do professor Catedrático da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Bernardo Pinto de Almeida, ficando a inauguração também dependente da agenda do Presidente da República. O edil aproveitou também para destacar a importância do anterior Presidente do Município, João Batista, na concretização e idealização deste projeto.

O Museu de Arte Contemporânea está situado na margem direita do rio Tâmega, palco das brincadeiras de infância do pintor. Orçado em perto de 5 milhões euros, o museu tenciona manter viva a memória de Nadir Afonso e, ao mesmo tempo, contribuir para a dinamização da vida cultural e artística da cidade de Chaves, do concelho e da região de Trás-os-Montes. O Museu Nadir Afonso será, com certeza, um polo de atração de públicos, vindos dos vários quadrantes da sociedade, com a organização de exposições temporárias e permanentes, ou a atribuição do Prémio Nadir Afonso para trabalhos de investigação e de bolsas na área da produção artística e científica. Serão organizados ciclos de cinema documental, workshops infanto- juvenis e cursos de verão.

Entre os espaços que compõem o edifício do Museu de Arte Contemporânea destacam-se um auditório com capacidade para 100 pessoas, salas de exposições temporárias e permanentes, arquivo, biblioteca, cafetaria, ateliê do Mestre Nadir Afonso, um outro de artes plásticas e uma loja.
Filho da terra, Nadir Afonso é um nome incontornável da pintura portuguesa do século XX. Dedicou a sua vida sob o signo do ritmo e da precisão geométrica. Os seus quadros revelam o rigor do seu toque e a simplicidade da sua alma.

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