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Grupo Cultural Aquae Flaviae lança edição especial em homenagem aos combatentes da I Grande Guerra

13 Outubro 2015

O Grupo Cultural Aquae Flaviae apresentou publicamente, na passada sexta-feira (09 de outubro) o número 50 da Revista Aquae Flaviae. Trata-se de uma edição especial dedicada à memorização do Centenário da 1ª Grande Guerra Mundial em homenagem aos homens que intervieram nesse doloroso conflito. A cerimónia de apresentação será entretanto alargada aos restantes concelhos do Alto Tâmega.

Estiveram presentes na cerimónia o Presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, a Presidente da Direção do Grupo Cultural Aquae Flaviae, Isabel Viçoso, o Comandante do Regimento de Infantaria 19, Armando dos Santos Ramos, e o autor deste trabalho de investigação, António Souza e Silva.

O primeiro volume da obra desenvolve o tema “A Grande Guerra e a participação dos Militares do RI19 e do Alto Tâmega no conflito” e o segundo volume “Caderno dos Militares do Concelho de Chaves participantes na Grande Guerra (Frente Ocidental, Flandres)” é constituído pelos boletins individuais dos militares intervenientes.

A obra é constituída por 700 páginas e sete cadernos com as 1400 fichas encontradas de militares do Alto Tâmega e do RI19 que combateram neste conflito, um caderno por cada concelho do Alto Tâmega e outro pelos militares das mais variadas regiões que estavam na altura a prestar serviço no RI19.

Durante a cerimónia, o autarca flaviense enalteceu a iniciativa do Grupo Cultural Aquae Flaviae, ao registar a história dos heróis do Alto Tâmega que andaram neste difícil confronto. António Cabeleira elogiou todo o trabalho e dinamismo desta Associação Cultural, por procurar constantemente abordar temas de interesse para o Alto Tâmega.

Para a Presidente do Grupo Cultural Aquae Flaviae, esta edição número 50 notabiliza-se por acrescentar à História Portuguesa, com profundo detalhe, a participação dos militares do Alto Tâmega na Primeira Grande Guerra na Frente Ocidental da Flandes. “É um marco muito importante porque vai tirar do baú parte da história militar e dados marcantes para o Alto Tâmega”, salientou. Isabel Viçoso destacou o excelente trabalho de pesquisa do autor, que prontamente respondeu positivamente ao convite do Grupo Cultural, bem como a brilhante colaboração e do RI19, na pessoa do seu Comandante, e todo o apoio da autarquia flaviense.

O Comandante do RI 19, Armando dos Santos Ramos, conta que foi com “alguma emoção” que colaborou com este trabalho, de forma a trazer até cá e imortalizar tudo o que foi possível e estava registado no Arquivo Histórico Militar. Um registo que pretende “honrar aqueles que em tão más condições participaram nesta guerra e com tão poucos meios levantaram o nome de Portugal”.

O autor da obra explicou aos presentes que este trabalho pretendeu analisar e descobrir o percurso dos bravos militares do Alto Tâmega e Barroso que, de Chaves e do Alto Tâmega, partiram para África e para a Frente Ocidental/Flandes francesa e, deste modo, recuperar um pouco a memória. “A memória dos nossos”, explica António de Souza e Silva, “essencial para uma melhor construção da nossa identidade pessoal como filhas e filhos desses homens, e da sua comunidade, orgulhosa do seu passado, mesmo que difícil e traumático. Só assim é que o «eu individual» se apazigua com o «eu coletivo» na procura, e ao encontro, de uma outra maneira de estarmos na vida e no mundo. Não é do recalque das feridas que nos encontramos. É na sua superação. Pelo entendimento e compreensão dos factos históricos que nos marca(ra)m e nos trouxeram até aqui”, referiu.

Numa altura em que se comemora o centenário da Grande Guerra, fica aqui, segundo o autor, através da Revista nº 50 do Grupo Aquae Flaviae, “muito humildemente, a nossa quota-parte do contributo no avivar da nossa história, trazendo ao de cima, relembrando, a odisseia dos nossos maiores, bravos transmontanos, flavienses, altotameguenses e barrosões que, juntamente com os seus patriotas de outros concelhos do país, se bateram por um pequeno, mas rico país ao qual nos devemos orgulhar pertencer”.

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