A criação de Rota Literária Camoniana pretende homenagear a memória e o legado do poeta nacional, considerado como uma das maiores figuras da literatura lusófona e universal
“Obra, vida e mito: Camões por Chaves” foi o mote para a realização de um encontro literário-científico, que decorreu em Chaves, nos dias 6 e 7 de março, no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, realizado em parceria com o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra (CIEC).
Foram dois dias de um percurso de descoberta, valorização, afirmação e conhecimento sobre a identidade de Luís Vaz de Camões, para aferir a veracidade do seu percurso por terras flavienses, num encontro que contou com cerca de 150 participantes.
Com um painel de especialistas dedicados aos estudos camonianos, o município flaviense deu o primeiro passo na reivindicação das origens da “Família Flaviense de Luís Vaz de Camões”, tema já abordado em diversas publicações.
O autarca flaviense, Nuno Vaz, presidiu à sessão de abertura assumindo este encontro “como resultado de um conjunto de vontades e saberes que emergiram do desejo de conhecer melhor Camões, as suas vivências e o seu percurso geográfico.”
A difusão e promoção da investigação temática foram legitimadas com a assinatura do Protocolo de Colaboração do Município de Chaves com o CIEC, representado pelo seu coordenador do Conselho Científico, Professor Seabra Pereira, que se congratulou com o trabalho já realizado e com o qual se preconiza o desenvolvimento de atividades conjuntas, de índole cultural, formação, inovação e transferência do saber.
O programa constituiu-se ainda como formação acreditada pelo Conselho Científico da Universidade do Minho com o apoio do CFAE do Alto Tâmega e Barroso e integrou a apresentação da obra “Primeira Epopeia. Os Lusíadas”, volume 17 da Coleção Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa, bem como a realização do concerto “CANTUSd’Alma”.
No encerramento dos trabalhos, o Vice-Presidente da Câmara, Francisco Melo, destacou as singularidades e o potencial turístico criado, sendo “este o ponto de partida para se poder chegar aos quatro cantos do mundo, à semelhança do percurso de Camões, com início em terras de Vilar de Nantes”.
O encontro culminou com a apresentação da Rota Literária Camoniana, em Vilar de Nantes, num convívio à época dinamizado pela Associação de Desenvolvimento de Vilar de Nantes, com encenações do TEF.