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Município de Chaves cria plataforma para gerir e potenciar o Turismo de Base Termal

03 Maio 2018

Mais de 30 entidades participam na reflexão e planeamento de estratégia de promoção turística

“Este é o início de uma nova forma, solidária e participada pela comunidade, de gerir e potenciar um dos mais preciosos segredos romanos com mais de dois mil anos - as águas termais bicarbonatadas-sódicas mais quentes da Europa - com o objetivo de divulgar, captar e fidelizar o turismo de base termal, histórico, de natureza e de lazer e ao mesmo tempo contribuir para o investimento, desenvolvimento económico e criação de emprego na Região”. Foi assim que o Presidente do Município de Chaves e Presidente do Conselho de Administração das Termas de Chaves descreveu o momento histórico da criação do Conselho Estratégico para a Dinamização do Turismo de Base Termal.


“Consiste numa nova visão, apoiada num pressuposto de integração e parceria”, referiu o autarca Nuno Vaz Ribeiro, para a “reflexão, discussão e definição de estratégias para a promoção de Chaves como um destino turístico de bem-estar e como uma das mais importantes razões do desenvolvimento regional”. O Presidente destacou como objetivos “combater a sazonalidade do turismo em Chaves, desenhar programas em conjunto, atrair mais visitantes, aumentar as dormidas e alterar o perfil de turistas, com a ambição de que estes comecem a ter permanências médias de 2 a 3 dias no território”, reforçando que estes objetivos só se alcançam quando existem “produtos e serviços, porque só o que gera valor, dá sustentabilidade e gera empregabilidade no território, permite manter os habitantes em Chaves.”


A vice-presidente da CCDR-N, Ester Gomes da Silva, defendeu que o objetivo principal da Comissão de Coordenação é “o desenvolvimento da região e, para que isso aconteça de forma sustentada, não se pode fazer desligado das entidades locais.” Por isso, realçou a importância do trabalho colaborativo como forma de ultrapassar dificuldades, adiantando que “é necessário enfrentar os problemas com estratégia, ambição e cooperação”, destacando ainda o facto do turismo estar a ser um fator de crescimento para o país. Ester Gomes da Silva destacou também a importância de haver uma aposta na criação de valor, ligação com a inovação e tecnologia, assim como no desenvolvimento de produtos com uma componente de investigação científica, como é o caso da linha de produtos dermocosméticos que as Termas de Chaves desenvolveram em parceria com a INOVAPOTEK – Pharmaceutical Research and Development Lda e a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e que hoje foram apresentados na sessão pela administradora executiva das Termas de Chaves, Fátima Correia Pinto.


A administradora executiva deste equipamento adiantou, por sua vez, que “a primeira reunião de trabalho está já agendada para o próximo dia 24 de maio e vai reunir mais de 30 entidades ligadas à oferta turística: hotelaria e restauração, associações e empresas de turismo e eventos, unidades de saúde e estabelecimentos de ensino e outras entidades”.
Para a Coordenadora da Delegação de Chaves do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Antonieta Barros, é importante que “o Conselho Estratégico permita que momentos como este possam ser veículos de produtividade turística para que Alto Tâmega possa ser reconhecido como um destino de excelência.”
“A estratégia para a região só faz sentido se for feita de forma integrada e as termas são uma porta de entrada do território”, começou por referir Ramiro Gonçalves, 1º Secretário Executivo da CIM do Alto Tâmega. Que, no entanto, destacou a “necessidade de trabalhar de forma mais integrada.” E concluiu ainda que é fundamental que esta nova estrutura mais de que um “conselho estratégico de planeamento, seja um conselho de ação.”
Para Victor Leal, Presidente da Associação Termas de Portugal, “Não podemos vender só curas termais ou só bem-estar, temos que agregar produto, que seja facilmente adquirido pelos visitantes.” E reforçou ainda a importância da nova legislação que está a ser preparada para o termalismo em Portugal que deverá não só ser comparticipado como estará “integrado no Serviço Nacional de Saúde, passando a ser um dos serviços no SNS, o que é uma grande inovação.”

Sobre as Termas de Chaves
As Termas de Chaves são umas das mais procuradas estâncias de tratamento termal do país e a sua exploração para fins medicinais tem raízes na época romana. Com uma temperatura de 76º, a água mineromedicinal de Chaves é bicarbonatada e rica em minerais, sobretudo em sódio, sílica, fluoreto e hidrogenocarbonato. A sua principal ação é estimular as funções metabólicas e orgânicas devido à sua mineralização, sendo indicada no tratamento de patologias musculoesqueléticas, do aparelho digestivo, cardiocirculatórias e das vias respiratórias.

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